6/20/2011

La physiologie du goût.

À espera dos dias ao mesmo tempo que me desiquilibro. Enquanto espero pelos dias que não chegam, outros dias passam. Sem parar. No entanto, parece que os dias que ando a aguardar, demoram eternidades. É o tempo do não tempo. Deprimo. Apenas o faço por causa da tal maldição mensal, os chavões de ser feliz e o caralho nestes dias não funcionam e entro em profunda melancolia com o estado do tempo, o estado do soalho, o estado do trabalho, o estado do Estado e o estado de mim própria. É um desequilíbrio incontornável que apenas se espera que aconteça, todos os meses. Entretanto, o tempo passa. Passa, nada! O sacana foge-me à quatro ou cinco meses e ainda não sei a puta de um corno. Ninguém me diz se ganhei, ou não, o direito de emigrar com o dinheiro dos contribuintes. Isto apoquenta-me, aborrece-me e sobretudo, enoja-me. Enjoa saber-me dependente do Estado, da gente, do dinheiro. Dependente, apenas para saber o que fazer. Porque vejamos, eu vou mandar-me para o bilhar grande, não tarda. Farta de cá estar, estou eu. Mas não de ti. De ti nunca, meu velho. Nunca nem jamais. Mas o equilíbrio é tão dificil que eu diria, impossível. Quero e não quero, espero e não espero, aguardo e não aguardo, sinto e não sinto. E tudo isto, dá-me vómitos.

6/04/2011

irritação sensível

de imitações baratas está o mundo cheio.