Quero flores neorealistas e toalhas de cozinha para não pensar na conversa da tempestade. E se me sento nas escadas é porque me obrigam e porque a Lisboa dos velhos caquéticos não acorda. Venham chamar-me adolescente para ver se não apanham nas trombas. Quem julgam que são estes catraios trintões?
Estúpido viço dos vinte anos. Se não cuidar do meu mau feitio nem as paredes me aturam, como o outro a quem ninguém quer ouvir. E se não deixar de beber vinho e vodka e cerveja, nunca mais serei capaz de escrever duas frases de seguida nestas manhãs invisuais. Acho que fico a falar melhor estrangeiro e tudo.
A simplicidade passa por ser domingo. E se é domingo, deveria estar contigo. A vida tem que ser descomplicada meus senhores. Como as flores e as toalhas de cozinha.