12/08/2012

não dá para ir a tudo

ou hoje não posso sair à noite


O meu cérebro quando pensa, pára. é o desuso, claro.
Desabituado que está de ter tantas letras em orgias pensantes.
Ai, ui, baudellaire, barthes, augé mau, e nem sei.
Que é feito do descanso comercial habitual totalmente banal?
Com o fios desligados toda a realidade vive simples.

Talvez tenha encontrado a razão dos meus males soluçantes. Quero pensar sem corpo. A razão, infelizmente, não cheira a solução. Damn it.

















não me lembro de onde veio esta fotografia, mas está muito bem.

11/12/2012

Dá p'ra matar gente com mau palavreado?

Dá p'ra limpar este gosto a limão na língua
ou tenho que casar em comunhão de bens
com a puta da decepção?

Dá pra disparar tudo aquilo que tenho aqui entalado
entre o peito e a língua
ou espero até a próxima cirurgia?

Dá para exorcizar a dor estúpida que me incomoda
os olhos e as mãos
ou planto um cancro na garganta?

detesto a política do bem estar
do bem falar
e do bem ser.
odeio a hipocrisia civilizada
com que se dominam os selvagens
e detesto esta ideia que quem sabe
é um bem educado
filho da mãe.

10/21/2012

a tristeza é absoluta

e as saudades são de tudo.

talvez seja este o problema de uma infância inventada esquizofrénica.
o malfadado maltrato congénito que afasta tudo e todos.

estar apaixonado

é assim
que
digamos
uma parvoíce
qualquer

aqui ali e acolá

estou com calor. estou irritada. estou média. estou menos. estou com sono. estou com frio. estou hiper. estou cheia. estou sem nada. estou empregada. estou entalada. estou sem dinheiro. estou-me nas tintas. estou em jejum. estou enfartada. estou enfadada. estou enfiada. estou farta. estou a caminho. estou sem tino. estou acabada. estou p'ra lá. estou a mil. estou a zeros. estou à rasca. estou à vista. estou política. estou vazia. estou aqui. estou ali. estou anti. estou cansada. estou viva. quase morta. um dia desses.

9/12/2012

o mal é pela raiz

corta essas unhas 
e livra-te dos fungos.

9/07/2012

O exagero.

Deixei de escrever desde que voltei do infinito.
Aquela treta toda da lobotomia espontânea afinal era verdade. Não só não aprendi nada para lá do equador como talvez tenha regressado ainda mais burra. Lá onde me desencaixei novamente, à procura de mais uma alternativa a Olisipo, o porto-buraco.






















Raios.

8/15/2012

Dada vs Rua da Condessa


Mas tu atiras-me isto?
Não atirei caiu.
Mas tu 'tás maluca ou que?

Nãããão.
Olha agora, atira-me isto.

Não atirei... caiu! Desculpa.
   
                           O que se passa?

Abre lá essa porta 
que já me 'tou a passar.

8/08/2012

FODA

SE.

7/25/2012

like

porque todo o resto é
conversa
- aqui e ali -
só a beber o tempo
passa.

7/06/2012

ansiosamente

e atrapalhadamente
espero que haja um ovo
no cú da galinha
histrionicamente
e ambiciosamente
acho que tudo se resolve
às golfadas de ar

portanto

entre sexta e segunda
esperem-me
renascer
na pujança agricultora
de um adão
campeão na safadez
mental
de um ser iluminado.

6/20/2012

poema de prazer cardíaco


Mercearia de
Queijos
e Manteigas,
Enchidos
e Azeites.
Taberna de 
Vinhos
e Petiscos

5/15/2012

honestamente 2

quem é que diz super lindo?

5/12/2012

bernardo

ficaste muito triste
e deixaste-nos tristes também.

5/07/2012

honestamente?


não  me 

        sin to                                            lá
 g 
             r
             a
             n
             d
             e 

             coisa.

4/26/2012

das artes laborais


No trabalho... no trabalho, trabalha-se. Pelo menos foi assim explicado antes de entrarmos nesta espiral sem fim que é a subserviência controlada para um bem maior, fazer chover. 

Ora no trabalho, não se trabalha, não senhor. Vejamos o meu exemplo, a escrever balelas. Trabalho sim, para o meu bem-bom, todo o resto são pequenas minudências mensais que abrem caminho para um cheque aterrar chorudamente na minha mão.   

Que mais se pode esperar da felicidade?

*

2/29/2012

Das gentes que conversam demasiado

honestamente, e sem querer ser demasiado brutal, pergunto-me que interesses mais têm certas gentes na minha vida. São gentes que se diz olá, passou bem, e mesmo, até logo. Na verdade, e sem querer ser demasiado desagradável, espero não os ver nunca mais. Aguardo o dia em que vou dormir e no dia seguinte, como que por magia, desaparece a conversa fiada destes tumores sociais que se agarram às pernas de um qualquer transiente. Favores destes, nunca mais.