Com a paz arrancada do SPA de domingo (3 horas de água quente, morna e muitas vezes fria) decidimos agarrar a missão praia, com unhas e dentes. Passámos na Vieira — coisa horrível, pobre, populosa e a cheirar mal — só para eu poder apreciar portugal. De seguida, aviámos caminho do pinhal até a praia do samouco (tanta piada triste feita com as gentes moucas). Adiante, perde-se a chave no carro para depressa nos apercebemos que estava apenas repousada ao lado do volante, gritos e stress casual. Descanso. Vieram muitas famílias. Vieram, vieira. Afinal ninguém vai para o paraíso com este feitio. Mas foi bonito e depois do momento de repouso decidimos que a seguir viria o Alentejo. Dormitar a meia estrada e continuar caminho pela manhã fresca.
Grândola, que terra in! Entre o belo repasto num hotel e camarotes ao lado da estação de comboio, foi o segundo. Eram menos 30 euros meus meninos. De manhã, levantar dinheiro para comer e pagar dividendos. Apercebemo-nos que um tal edificio fuscia ostentava um crono da Bienal de Portugal que ninguém sabe de onde veio nem para onde foi (eu pelo menos não, nem a Maria). Afinal é in só até Setembro, p'raí. Tiramos fotografias do in, imensas.
Pequeno almoço e recebo um telefonema (já é terça, dia de continuar viagem), afinal há um trabalho urgente para enviar a um cliente, pensavam que eu lá estava esta semana mas afinal não estou. Entro na junta de freguesia que tem um sinal wi-fi na porta. Peço passwords a uma senhora que me põe ao telefone com a responsável pelo departamento de informática. Recebo uma fotocópia com todas as passwords da freguesia. Biblioteca Municipal, viva. Quatro horas depois, ainda viva. Uma hora e meia para enviar 4 pdfs. Respiro.
A caminho do carro tento reafirmar o lado bom das férias, agora até quinta podemos descansar de verdade. Arrancamos, o carro está com um som muito estranho, não estava assim de manhã. Pois não? Não. Paramos 20 metros à frente. Há um mecânico que foi experimentar um carro e que uma hora depois, chega. Deve ser das válvulas diz o entendido. Um telefonema ao mecânico oficial do polo em questão há mais de 5 anos, que reclama que o alentejano não percebe nada. Venham para Lisboa. Devagarinho. Ok, vamos.
Se formos em quinta e quarta não está mal, quando se reduz é que faz barulho, ele disse que mau seria fazer ruído quando acelerasse. Ok. Chegamos a Lisboa e cheira a queimado. As mudanças estão muito duras e começa a ser difícil o pára-arranca dos semáforos entre o Largo do Rato e a Rua da Esperança. Essa, ainda estava lá. Continua a cheirar a queimado. Lugar encontrado, o carro cheira mal, e está quente.
Amanhã, chamamos o reboque.
Amanhã, chamamos o reboque.