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Pela altura do Natal, cortam-se as vazas.
E deixam-me assim, completamente vazia, arreada de sentido e com esta merda aos pés. Logo agora que já não sei ou não consigo escrever. É o que dá só ler em estrangeiro. Há-de levar-me longe esta mania lá de fora.
Não quero trabalhar, não quero comer, não quero sequer sentir a porcaria do teu cheiro. Quero continuar na miséria comum em que estava antes de me deparar com isto. Assenta em breve, sim, mas vou queixar-me antes. E muito, que isto dá sempre boa escrita, além de tornar o exorcismo mais eficaz.
Reciprocidade.
Zero. Zero de vivência comum que não seja comparticipada. Zero em semelhanças de carácter e/ou vivências (a não ser numa adolescência breve e tardia). Zero direcções futuras. Nem um pequeno almoço em comum.
Algo que motive a continuação destes serões mal encarados? Muito pouco a nada.
Mais,
Continuo a não trabalhar e apetece-me partir todos os ossos do teu corpo para depois entregá-los aos gatos da Madragoa. Mentira.
Cidade maldita, atrasada mental.