3/25/2009

No meio dos olhos



Levas um soco no meio dos olhos se me voltas a falar disto. 

Precisamos de um acontecimento apocalíptico para varrer esta gente que anda a mais. Diz-me o taxista. Estes miúdos ja nao nascem com a educacao de antes, que enfado.
Se chego as oito e meia da manha ao escritório e não está ninguém, sei que devia ter ficado a dormir. Sem testemunhas não ganho nada. Nem tomei banho e o mais provável é que nesta avaliação amaricada venha uma nota higiénica. Note-se que entre o Marquês de Pombal e o Ikea esforço-me bastante no disfarce. O café não aqueceu e já o bebi frio, acordei de trás p'rá frente e agora sei tenho de entregar esta porra ate sexta. Passada a limpo. 
Capacidade de contribuir para o sucesso de projectos e/ou momentos chave da empresa? Interessa-me o meu sucesso e não, não sou altruísta (não falámos disso no contrato). Entre o insuficiente e o excelente, sendo que este último e o Muito Bom têm que ser justificados, onde se encaixa o génio atormentado? Americanices. 
Agora não me adiantam trabalho e eu gostava mesmo de sair às sete. É que ainda demoro quase, ou mais, de quarenta e cinco minutos a chegar só até às Amoreiras. Acabem lá de fazer sala. Eu sei, é muito importante arrancarem o dia com espírito calmo, não vá o tal apocalipse acontecer. Portuguesices.

1 comment:

ze pedro abreu said...

ainda txumbas se num entregas a folheca! diz que és pobrezinha e não tens jeito. O português gosta de gente pobrezinha.