ou hoje não posso sair à noite
O meu cérebro quando pensa, pára. é o desuso, claro.
Desabituado que está de ter tantas letras em orgias pensantes.
Ai, ui, baudellaire, barthes, augé mau, e nem sei.
Que é feito do descanso comercial habitual totalmente banal?
Com o fios desligados toda a realidade vive simples.
Talvez tenha encontrado a razão dos meus males soluçantes. Quero pensar sem corpo. A razão, infelizmente, não cheira a solução. Damn it.
não me lembro de onde veio esta fotografia, mas está muito bem.
12/08/2012
11/12/2012
Dá p'ra matar gente com mau palavreado?
Dá p'ra limpar este gosto a limão na língua
ou tenho que casar em comunhão de bens
com a puta da decepção?
Dá pra disparar tudo aquilo que tenho aqui entalado
entre o peito e a língua
ou espero até a próxima cirurgia?
Dá para exorcizar a dor estúpida que me incomoda
os olhos e as mãos
ou planto um cancro na garganta?
detesto a política do bem estar
do bem falar
e do bem ser.
odeio a hipocrisia civilizada
com que se dominam os selvagens
e detesto esta ideia que quem sabe
é um bem educado
filho da mãe.
ou tenho que casar em comunhão de bens
com a puta da decepção?
Dá pra disparar tudo aquilo que tenho aqui entalado
entre o peito e a língua
ou espero até a próxima cirurgia?
Dá para exorcizar a dor estúpida que me incomoda
os olhos e as mãos
ou planto um cancro na garganta?
detesto a política do bem estar
do bem falar
e do bem ser.
odeio a hipocrisia civilizada
com que se dominam os selvagens
e detesto esta ideia que quem sabe
é um bem educado
filho da mãe.
10/21/2012
a tristeza é absoluta
e as saudades são de tudo.
talvez seja este o problema de uma infância inventada esquizofrénica.
o malfadado maltrato congénito que afasta tudo e todos.
talvez seja este o problema de uma infância inventada esquizofrénica.
o malfadado maltrato congénito que afasta tudo e todos.
aqui ali e acolá
estou com calor. estou irritada. estou média. estou menos. estou com sono. estou com frio. estou hiper. estou cheia. estou sem nada. estou empregada. estou entalada. estou sem dinheiro. estou-me nas tintas. estou em jejum. estou enfartada. estou enfadada. estou enfiada. estou farta. estou a caminho. estou sem tino. estou acabada. estou p'ra lá. estou a mil. estou a zeros. estou à rasca. estou à vista. estou política. estou vazia. estou aqui. estou ali. estou anti. estou cansada. estou viva. quase morta. um dia desses.
9/12/2012
9/07/2012
O exagero.
Deixei de escrever desde que voltei do infinito.
Aquela treta toda da lobotomia espontânea afinal era verdade. Não só não aprendi nada para lá do equador como talvez tenha regressado ainda mais burra. Lá onde me desencaixei novamente, à procura de mais uma alternativa a Olisipo, o porto-buraco.
Raios.
8/15/2012
Dada vs Rua da Condessa
Mas tu atiras-me isto?
Não atirei caiu.
Mas tu 'tás maluca ou que?
Nãããão.
Olha agora, atira-me isto.
Não atirei... caiu! Desculpa.
O que se passa?
Abre lá essa porta
que já me 'tou a passar.
8/08/2012
7/25/2012
7/06/2012
ansiosamente
e atrapalhadamente
espero que haja um ovo
no cú da galinha
histrionicamente
e ambiciosamente
acho que tudo se resolve
às golfadas de ar
portanto
entre sexta e segunda
esperem-me
renascer
na pujança agricultora
de um adão
campeão na safadez
mental
de um ser iluminado.
espero que haja um ovo
no cú da galinha
histrionicamente
e ambiciosamente
acho que tudo se resolve
às golfadas de ar
portanto
entre sexta e segunda
esperem-me
renascer
na pujança agricultora
de um adão
campeão na safadez
mental
de um ser iluminado.
6/20/2012
poema de prazer cardíaco
Mercearia de
Queijos
e Manteigas,
Enchidos
e Azeites.
Taberna de
e Manteigas,
Enchidos
e Azeites.
Taberna de
Vinhos
e Petiscos
e Petiscos
5/15/2012
5/12/2012
5/07/2012
4/26/2012
das artes laborais
No trabalho... no trabalho, trabalha-se. Pelo menos foi assim explicado antes de entrarmos nesta espiral sem fim que é a subserviência controlada para um bem maior, fazer chover.
Ora no trabalho, não se trabalha, não senhor. Vejamos o meu exemplo, a escrever balelas. Trabalho sim, para o meu bem-bom, todo o resto são pequenas minudências mensais que abrem caminho para um cheque aterrar chorudamente na minha mão.
Que mais se pode esperar da felicidade?
*
*
2/29/2012
Das gentes que conversam demasiado
honestamente, e sem querer ser demasiado brutal, pergunto-me que interesses mais têm certas gentes na minha vida. São gentes que se diz olá, passou bem, e mesmo, até logo. Na verdade, e sem querer ser demasiado desagradável, espero não os ver nunca mais. Aguardo o dia em que vou dormir e no dia seguinte, como que por magia, desaparece a conversa fiada destes tumores sociais que se agarram às pernas de um qualquer transiente. Favores destes, nunca mais.
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