Começo a ficar sem paciência, deve ser dos anos. Dos que já passaram ou dos que estão para vir. Começo a fartar-me de línguas que tropeçam com demasiada facilidade. E se antes era difícil cortar-lhes o pio, hoje garanto, é já muitíssimo descomplicado. Facto é, que me sinto relativamente capaz de, para a próxima, fechar uma porta nas ventas de quem me fizer a mostarda subir para onde não deve. Tal como o vento que bate.
7/20/2015
7/16/2015
facas e o apocalipse de cada um
Cortei me e na puta da faca nem pinga de sangue.
Atacou-me durante a preparação do pão.
Indiferente às mãos que a agarravam e davam vida decidiu, numa revolta qualquer, fugir à quietude de um destino sempre igual.
Povoada a vida inerte da serrilha com o torpor estupido de uma sexta feira de madrugada, deitei-me certa de uma injustiça infernal a mim dedicada.
E não interessa que o pão estava congelado e que talvez tivesse bebido uns copos, a culpa continua a ser da faca.
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