Cortei me e na puta da faca nem pinga de sangue.
Atacou-me durante a preparação do pão.
Indiferente às mãos que a agarravam e davam vida decidiu, numa revolta qualquer, fugir à quietude de um destino sempre igual.
Povoada a vida inerte da serrilha com o torpor estupido de uma sexta feira de madrugada, deitei-me certa de uma injustiça infernal a mim dedicada.
E não interessa que o pão estava congelado e que talvez tivesse bebido uns copos, a culpa continua a ser da faca.
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