10/05/2013

when even a full sentence breaks apart

 
well

there
are
days
 
you
know
 
like
 
absolutely
empty
.
 

9/27/2013

felicidade visual

o uso inteligente do espaço negativo
preenche-me as medidas

8/26/2013

morreu um estagiário.

morrer de trabalho,
pois eu acho que também se morre de parvoíce.
parvoeira daquela de quem não sabe que o prazer deve estar em descobrir formas de não trabalhar
e nem assim sentir a dor consciente da preguiça.

8/09/2013

"tens umas saídas fixes"


pois, li muitos livros da disney em pequena.

8/08/2013

mal é que a gente está bem

uma rede social com conteúdos extremamente positivos? mas está tudo doido ou quê? então e o sarcasmo ácido e a melancolia suicida?
já não bastou banirem os fumadores com vocabulário ofensivo, agora querem também tirar o mal estar da gente.
Esse bichinho parasita que alimentamos desde pequeninos quando vamos dizer mal do outro mais gordo e da maria oleosa, é muito necessário.

E se chegarmos à conclusão que estavamos mais feliz deprimidos?
Quem nos indemniza?

7/29/2013

pés de barro


7/23/2013

O impressionismo dos impressionados.

Eu agora limpo a cara
A dormir e ao acordar.

Uma cara limpa é uma cara jovem
E uma jovem é sempre mais desejável 
No mercado negro.



Piroseira séria

Love nothing 
more than 
what it should be loved for.



6/22/2013

amabilidades

a hipocrisia mata
na forma fundamental
e sorrateira
de um gesto
velhaco

5/16/2013

se eu pudesse parava o tempo no infinito


acabou-se, foi-se, finou-se,
apagou-se em absoluto.

como a senhora em odeceixe que já não se lembrará do nosso almoço no terraço, a primeira tarde e a primeira paragem a sós. como as pessoas que se cruzaram na viagem mais louca das nossas vidas. como aquele dia fatídico em Santiago, que talvez, quem sabe, tenha ditado o fim do início. como a semana de são paulo que passaste sozinho, comigo a trabalhar para nada nem ninguém. como o meu medo de abraçar-te, de repente tão perto. como o homem que nos fotografou na ilha grande, onde chegámos zangados e saímos apaixonados. como a nossa primeira e única casa. como decorá-la, discuti-la, destruí-la. como os únicos gritos que terás dado a alguém daquela forma. como a geografia cortada em dois, nunca mais remendada.
porque não terminou tudo aí? porque se arrastaram as asas partidas quando estava já tudo moribundo? porque fomos como quaisquer outros e acreditámos que na insistência está a virtude? não consigo lidar nem alimentar a mágoa umbilical do fim. não quero saber que uma vez mais, nada funcionou porque andámos todos cegos de um amor em crise.