7/28/2005

ervilha estragada

São dadas duas opções aos nados vivos de um local circular. Ou vais ou ficas.

Acerca do abandono corres o risco de dilatar a pequeníssima ervilha quando deparada com algo mais que água fora do tacho. As probabilidades de corrupção de um percurso circular podem causar sérias alucinações...pentágonos... rectas... espirais em trapézios salteados às colinas tantas...e deus meu! loucura minha! feitas contas um planeta é ainda redondo.
Os vegetais nem sempre. E transformam-se em rabanetes. Foras-da-lei.
Aos incorruptos diz-se que voltem. Que ervilhas são grandes em grupo. Que uma só, a pouco sabe. E assim dito, muitas é bem melhor. A encher o tacho.
E ervilha apresenta-se ervilha. Todo o resto é ovelha. Das negras.

Ficar. A opção é válida e não proibida. Não condenada, que nos livrem! Somos, apesar das circunstâncias, filhos todos, nem sempre pródigos, da mesma hortaliça.
E isso não é mau. E isso não é bom.
Para aspirantes a uma ervilha regular, serve bem. E com uma cabeça a condizer. Num parâmetro dentro das normas do amor à terra. Amor e carinho. E harmonia de cores.
Para quem aspira rabanetes, dores de cabeça, das grandes. Tristes amaldiçoados. Porque raio querem mais? Não há quem se perceba no tacho.


E se sair nem sempre funciona.
E se ficar nem sempre mata.
Sei hoje que detesto ervilhas. Rectângulos e movimentos circulares.

E tenho raiva.

Desejo que o próximo passo seja a lua e declaro vencidas as férias.
Reclamo por tal a minha independência o mais rapidamente possível, mestres e doutores outros terão que esperar.
Lamento bicho meu.

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