Estou de mente moribunda. Se ao menos soubesse dessa água da vida, bebê-la-ia como um sôfrego. E via-me elevar enfim livre deste peso que me impele à estagnação.
Roço os ombros já sem braços no caminho, sem pés, sem pernas. Nada existe anestesiado de dor. E as unhas, cresceram tanto que não lhes vejo o fim. Arrasto-as enquanto arranco bocados aos meus mais longínquos inimigos.
Rio-me da minha desgraça e da desgraça dos outros piores que eu.
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