Estou necessitada de estímulo cerebral.
Quem anda cá por Londres e pode ser inspirador não me vê, ou eu não os vejo, ou niguém se vê. Porque Londres tem disto, tira a vista às pessoas, vaza-a e nem nos damos conta. Ao mesmo tempo secam as fontes e nem nos parques podemos matar a sede, só nos lagos com ratos com cabeça de pato.
Estou com saudade, de quê não sei, de quem, são muitos.
Tenho uma inércia enorme amarrada em mim, agarrada a tantos sítios do meu corpo que começo a perguntar de onde veio... de fora ou de dentro.
Deve ser esse o problema, não lhe sei da raiz e deixei-a crescer e apoderar-se, esta erva daninha.
Tornar-me parada, vem com oferta de uma morte vegetal consciente.
Numa contradição pegada a tudo o que sinto e digo
(como se lê)
Não tenho vontade ou paciência.
Deixei de querer ou de correr.
E sinto-me extremamente só
(como outros milhares)
Faço eu o meu caminho, sem culpas nem culpados, faço o meu plano.
Se não é cumprido, sei-me falhada. Sem culpas, além da minha.
E renimadores do ER funcionavam?
Davam um susto de morte e eram capazes de doer...
Mesmo assim não sei se me levantava deste estado.
Parece que deixei de aprender.
Deixei-me ficar.
Mas onde?
Continuo com reservas se isto de ir a Madeira é a ajuda certa...
n.b.: esta bela foto é do senhor André, que sem autorização foi posta aqui p'ra meu bel-prazer.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
"Deixei-me ficar.
Mas onde?"
Aí mesmo!
A vontade surge para completar quadros de ansiedades e expectativas, onde nos deitamos e levantamos todos os dias.
A saudade so refresca dependencias. A magoa tranforma-se em leves tilintacoes do estomago, quando relacionadas com imagens desfocadas. O presente toma logo uma proporcao totalmente abrangente, onde so existe a cor e a luz.
Post a Comment