dizia a velha saga, à saga mais nova
não sejas assim, olha que sago à mais tempo que tu e sei do que falo.
não desistas do ócio tão facilmente e continua aflita
a desmaiar na vida dos outros.
saga que é saga, não abandona o posto
não desistas do ócio tão facilmente e continua aflita
a desmaiar na vida dos outros.
saga que é saga, não abandona o posto
mas a saga mais nova, como verdadeira chata que era,
resmungava que não.
resmungava que não.
desta vida não queria mais nada, apenas viver horizontalmente,
a paz no mundo e a calma dos povos
e a saga mais velha desesperada,
sagava um pouco mais
sabes, todos já quisemos desistir.
bem mais fácil é relaxar, do que continuar a sagar
numa errância sem fé
bem mais fácil é relaxar, do que continuar a sagar
numa errância sem fé
a saga mais nova anuia então à saga presente
e continuava eterna na sua visão demente
que apenas os benditos saberão terminar heroicamente
as aventuras dos outros,
eternas sagas moribundas
as aventuras dos outros,
eternas sagas moribundas
david shrigley |
No comments:
Post a Comment