11/16/2009
9/06/2009
des-compliquemos
Quero flores neorealistas e toalhas de cozinha para não pensar na conversa da tempestade. E se me sento nas escadas é porque me obrigam e porque a Lisboa dos velhos caquéticos não acorda. Venham chamar-me adolescente para ver se não apanham nas trombas. Quem julgam que são estes catraios trintões?
Estúpido viço dos vinte anos. Se não cuidar do meu mau feitio nem as paredes me aturam, como o outro a quem ninguém quer ouvir. E se não deixar de beber vinho e vodka e cerveja, nunca mais serei capaz de escrever duas frases de seguida nestas manhãs invisuais. Acho que fico a falar melhor estrangeiro e tudo.
A simplicidade passa por ser domingo. E se é domingo, deveria estar contigo. A vida tem que ser descomplicada meus senhores. Como as flores e as toalhas de cozinha.
8/25/2009
8/04/2009
7/04/2009
5/31/2009
5/29/2009
5/24/2009
domingo
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Domingo A
Merda de mosca varejeira que anda por aqui. Ninguém por perto para me ouvir resmungar, ou mesmo fazê-lo comigo. Falo para o ar infesto, maldição, odeio estar só. E não me consigo lembrar da regra dos quês e mes e ses antes do verbo ou do sujeito, aquela que a Antónia explicou. Domingos são quase sempre uma merda. Mas segundo a minha prima, são dias de família, ninguém deve trabalhar e toda a gente deve descansar. O quê? Vens de onde? Eu não tenho uma quinta para ouvir os passarinhos. E não gosto de passear sozinha para agradecer aos anjos a puta da vida, qualquer dia devia dar para descansar, e não tem de ser hoje.
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Frequentemente, o medo do confronto empurra-me a cabeça confiantemente lá p'ró fundo. E estando no primeiro andar, ainda tenho mais um por baixo, além do inferno claro.
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Ensinamentos
É preciso estar presente e ouvir, coisas sobre design e felicidade. Ordinary can be extraordinary, nada de novo aí. Uma multiplicidade de tarefas e técnicas, vistas e meios que devemos tentar. Relembrar ao povo que pode ser extraordinariamente bom se nascer com aquilo do talento. Se não, pode sempre ser parte da mole votante esquizofrénica comum, que compra chouriço ao domingo. O que não tem de ser propriamente mau.
Pensar sobre os números e informação à nossa volta. Entender a rede que embrulha o chão, as paredes, a varejeira, a luz, o cão dos vizinhos, as escadas da calçada e essa árvore à janela. Não é preciso comer com tudo. É preciso sim, realidade livre e acessível.
Mais o cabrão do insecto que entra pelo ouvido para gritar-me no cérebro. Que nojo.
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Domingo B
Finalmente, vou-me levantar e ver o museu novo.
Não quero e duvido que vá seguir o mapa que me manda limpar a casa de banho, sendo isso o que me calha esta semana.
5/13/2009
5/04/2009
4/24/2009
SIT HERE
Now you sit here and explain to me what's all the fuss about.
Porque é que queres ser uma mãe sem filhos e uma filha sem pai? Sabes que nada disso está correcto e tropeças sempre. Se eu te oferecer uns patins em linha desvias-te? Essa conversa de te sentires sempre aflita porque não há ar suficiente na tua ideia de memória não passa de um grande desentendimento. Tu de facto enganas-te, mas é uma questão de consciência atrapalhada que com método pode ser domada. É o que te é dito.
O que pensas tu? Ou eu? Esta inconstância em perceber se o que resolvemos viver está certo ou errado tem que ser ultrapassada, ''you need to be ready to get wrong, many times''. Tu própria deste conta disso. Brincar aos grandes consegue ser devastador, fazer sobremesas, comprar vinho e ser bom na palavra falada. Porque seria tudo mais fácil por escrito.
Mas se é por isso que te fechas em casa dias seguidos, estás muito mal informada. Já há cura, e ninguém na tua rua apanhou ainda a gripe dos porcos. Podes sair apanhar sol e até conduzir. Podes ser dependente de ninguém. E deixar-te disso, de ser mãe sem saber muito e forçar o sol a brilhar para ti.
Onde te encaixas? Haverá algo onde aplicar esse caos contínuo que luta com o teu ensino rectilíneo. Essa cabeça não será de todo desnecessária. Com a tal pandemia não serás essencial para a nação, but then what? Fazer o quê.
4/14/2009
3/25/2009
No meio dos olhos
Levas um soco no meio dos olhos se me voltas a falar disto.
Precisamos de um acontecimento apocalíptico para varrer esta gente que anda a mais. Diz-me o taxista. Estes miúdos ja nao nascem com a educacao de antes, que enfado.
Se chego as oito e meia da manha ao escritório e não está ninguém, sei que devia ter ficado a dormir. Sem testemunhas não ganho nada. Nem tomei banho e o mais provável é que nesta avaliação amaricada venha uma nota higiénica. Note-se que entre o Marquês de Pombal e o Ikea esforço-me bastante no disfarce. O café não aqueceu e já o bebi frio, acordei de trás p'rá frente e agora sei tenho de entregar esta porra ate sexta. Passada a limpo.
Capacidade de contribuir para o sucesso de projectos e/ou momentos chave da empresa? Interessa-me o meu sucesso e não, não sou altruísta (não falámos disso no contrato). Entre o insuficiente e o excelente, sendo que este último e o Muito Bom têm que ser justificados, onde se encaixa o génio atormentado? Americanices.
Agora não me adiantam trabalho e eu gostava mesmo de sair às sete. É que ainda demoro quase, ou mais, de quarenta e cinco minutos a chegar só até às Amoreiras. Acabem lá de fazer sala. Eu sei, é muito importante arrancarem o dia com espírito calmo, não vá o tal apocalipse acontecer. Portuguesices.
3/04/2009
ela so fala de trabalho
Ao fim do dia, apesar de estar a ler sobre solimões ou salomões e de ter reparado que certos sinais de trânsito muito se parecem com aqueles doces de natal americanos, envoltos em tiras, ela só fala de trabalho. Apesar de aprender cada vez mais sobre música, músicos e derivados, devido ao meio e método com que se move e, apesar de pouco, ler o jornal, ela só fala de trabalho. Além do conhecimento sobre história de arte que acompanha com cadernos não tão baratos, comprados ainda no tempo escola, ainda ontem soube que, segundo o taxista, o outro que nunca estudou é que era, nasceu pobre e morreu pobrezinho, e que agora, todos esses da Rua de S. Bento só querem ir para a política porque dá p'ra meter dinheiro ao bolso. Mas ela só fala de trabalho.
2/13/2009
2/04/2009
1/14/2009
welcome home
Estou de rastos, sem pingo nem pinga. Enquanto firmada e afirmada, absolutamente aborrecida, deste malfadado eu na sua nova quarta morada.
O mais novo engano de mim em refugio espiritual, na fugidia força imensa do faz tudo e no desconforto do faz nada.
Welcome home.
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