6/09/2014

vamos ver quantas coisas consigo fazer até os trinta anos

essa coisa de mudar, de se mudar e ser mudado, sobretudo, de acontecer, é uma verdadeiríssima trampa de três atos.
só sei que até ao fim dos vinte e nove precisarei de decidir coisas. 
qualquer coisa.


5/07/2014

dull as life itself

lá vai o burrico
estrada fora
a fazer o caminho contrário
ao que fez quarta,
contrário esse
ao que fez quinta,
a direito
quase todas as semanas.
para onde irá o burrico?
e o que carrega
tão atarefadamente?
São os livros que não lê
e a cenoura que nao come
são as histórias que inventa
enquanto carrega sozinho
o peso da estupidez
malvada
insensata
cansado de não saber
ou querer saber
o que lhe querem ensinar
na doutrina da escola
ou o passo da profissão.


5/04/2014

#domingo

Aprendi este fim de semana que no momento do planeamento semanal, mensal e anual deveremos calcular o tempo de descanso. Ou lazer. Quer isto dizer que a planear, devo contemplar e calcular o ócio, a bem de uma maior produtividade. 

Ora, sempre fui a favor do deboche desprogramado, filho bastardo de uma culpa solteira. A vistos, infelizmente, este desejo não é produtivo, e se quero vingar no mundo técnico-profissional-internacional necessito rapidamente de criar um novo cardinal na agenda. Pergunto, que diria Baco?!

Desde quando temos controlo sobre o desejo incauto, surgido na esquina entre a conversa do não sei quem e aquela que não vemos à tanto tempo? Há tanta coisa a comemorar! Digo, sendo a disponibilidade pouca e as gentes muitas, falte-nos antes o dinheiro, que as razões para festejar.

E porque, apesar destes desejos ociosamente lentos, estou in, curta seja a vida do #ócioprogramado.


#


4/27/2014

aborrecimento cadente

Não dormi nada. E quanto mais o nada me agarra, menos atenta fico. Maior a desconcentração e maior a apatia, problemas comuns de quem sofre de astigmatismo. Talvez seja este um ponto interessante na minha descoberta, no encontro do eu mais calmo e menos turbulento, sobretudo mais anedótico, segundo os conformes sociais.

11/04/2013

10/20/2013

é um pouco mentira

parece-me um pouco mentira o que 
escrevi atrás e que 
estarei, eventualmente, 
a condensar o mal alheio 
num só agora. 
not cool.

10/13/2013

comigo, não contigo

Venho a perceber, depois de ler e reler o que estrabucho de tempos a tempos num acto de exorcismo simplificado, que o meu problema nunca foi o que fazer com todos eles. Cada um, à sua maneira, cuidou de si, salvando-se da catarse do fim. O problema foi sempre o que fazer comigo no final das paradas para inglês ver. Concluo que num futuro suficientemente próximo, entenderam-se eles muito bem, e eu, sempre solta de mim, muito mal.


10/10/2013

só para lembrar

que os drafts que se propagam anos mais tarde correspondem, não a 10/09/13, mas a um tempo lá para os idos de 2005, ou à volta disso. surgem, apesar de tudo, actualíssimos.




10/09/2013

Você

tem é que escrever.
assim manda a regra,
e assim manda o tempo
que tem entre as mãos.

sabe como pausar
sabe o ritmo
sabe a maneira
de o conquistar.

pára o tempo,
sem conversa.
não sabe você,
sabe quem lê.