5/09/2005

na espera

porque o sono morreu de novo
e porque o sol se levanta cedo,
esperamos hoje sem variantes
que tudo tenha valido a pena.
e esperamos.
esperamos o dia de ontem e anteontem
no dia que falta hoje e no que existe amanhã
sentamo-nos.
e sentimos a estranha matemática
de contar pelos dedos em numeros exagerados.

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