1/23/2005

coisas

Não me consigo despegar de coisas inúmeras como o guardanapo vermelho que encontrei no bolso do casaco ontem à noite.
Como os papéis prateados rectangulares das pastilhas elásticas.
Post-its velhos e pacotes de açucar.
Bilhetes sem números e letras porque já voaram no tempo.
Autocolantes pequeninos e grandes às cores e sem cola.
Diários e sacos vazios de maçãs, de cola e de pauzinhos chineses.
Posters daqui e ali, fotografias numa caixa de sapatos.
Anúncios de rua que não voam e um crachá de um taxista.
E vou ficando com coisas e coisas.
Se calhar é por ter tantas coisas que não durmo muito bem.
Se calhar são estas as demasiadas coisas em que penso.

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