1/18/2005

loucura instantanea pessoal

É nisto que penso. E é isto que pretendo.
A infantilidade personalizada da inocência sem conceitos ou preconceitos, nua.
Que tudo à minha volta se transforme e que a rapidez comece a gritar comigo com mais força, mais luzes, mais gente, mais tudo.
E sei que tenho que ser tão rápida quanto eles, tenho que correr a fundir-me na loucura, naquela que vive no mais.
Quero ver maior, ouvir melhor, falar mais alto e tocar mais longe.
Cheirar, cheirar, cheirar, cheirar toda esta cidade infestada de malabaristas!
E ruas cheias disto, chego e engulo-lhes o ar no caminho que me traz aqui.
Sinto-me a provar o mundo nas mil maneiras que em si existe.
Quero ser, fazer parte disto.
Quero também eu, ser anunciada, transformada, retransformada, adorada e maldita.
Quero ter ido onde a vontade me impelir e produzir.
E dar a todos de comer a minha mente e o meu corpo, o que sou eu, o que fui e já não sou.
E tenho vertigens. De vez em quando.
Quase sempre não penso nisso.
Pergunto de que sou feita, e na dúvida alimento-me do que vivo e do que crio.
Preciso mais. E mais é hoje e amanhã, ontem e todos os dias.
Na minha loucura instantânea pessoal.

3 comments:

Manel Furtado said...

És bonita assim Ana.
Adorei o post.
Indentifiquei-me totalmente com o que lá está.
Fazes bem ao mundo quando escreves assim.
Senti as coisas boas a acontecer aí dentro.

Beijinhos

ana said...

obrigado Manel.
beijinhos e que nunca estejas triste*

Anonymous said...

Que a tua vontade te eleve e aperfeiçoe, que te faça crescer e mostrar ao mundo o que vieste cá fazer.
Um abraço carinhoso